terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quando


Quando olhei um passado nada distante, mas que se curva afastando de minhas mãos,
lembrei de cada palavra, cada olhar.
Quando pensei em tudo, senti que nada fugiu da verdade, nada
esqueceu de fincar, de criar raíz.
Mas nossos caminhos entrelaçaram ruas distantes,
que se estreitam nas antigas marcas, mas fogem dos, ainda, tão recentes sentimentos.
Quem somos? Quem nos tornamos?
De você hoje sei pouco, de mim menos ainda,
mas não esqueço que qualquer mulher que se forma a cada dia
nas veias de um corpo que tanto te quis
leva os traços que deixaste.